Quando secar o cabelo
era um evento
Antes do secador portátil, secar os fios era
quase uma gincana. Em 1920, o modelo
“The Princess” usava água fervente dentro
de um tubo de metal. O marketing dizia que
dava brilho, o suor confirmava.
Nas décadas seguintes, os salões adotaram
os famosos secadores com capuz. Pareciam
uma nave, faziam um barulho estranho e
tomavam metade do espaço. E ainda tinha
as máquinas de permanente: vapor, fios
pendurados e muita esperança de sair com
ondas.
Relato da época, direto da Sociedade
Histórica de Wisconsin: “Levava o dia todo
e custava US$ 1... O cabelo era preso em
hastes tão apertadas que pensei que nunca
mais piscaria. Quando o vapor começou,
as lágrimas rolaram. Meu couro cabeludo
ficou escaldado.”
Um spa com suspense: vapor, fios e esperança
de ondas.
Nave em solo firme: o barulho era parte do ritual.
Beleza em série: o quarteto do calor, e da coragem.
Tecnologia capilar vintage: se saísse com cabelo,
já era vitória.
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